terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O que é mais doloroso -- um câncer ou um leão dormindo dentro de nós?

Há mais de trinta anos, o juiz Álvaro Mayrink da Costa, em entrevista à revista “Veja”, declarou: “Em todo homem há um leão adormecido e acordá-lo é só uma questão de oportunidade”. Agora, o psiquiatra francês David Servan-Schreiber, também em entrevista a “Veja”, revela: “Todos temos um câncer dormindo dentro de nós. É nosso estilo de vida que vai ou não determinar seu desenvolvimento”.Afinal, o que é mais doloroso: ter um câncer ou um leão dormindo dentro de nós? O psiquiatra se queixa de uma doença física, muitas vezes incurável. O juiz se queixa de uma doença moral, também muitas vezes incurável. Na verdade a luta contra o “leão” é mais difícil do que a luta contra o câncer. Além do mais, nem todos são acometidos pelo câncer, porém, ninguém está livre da tendência pecaminosa. Trata-se de um problema sério, do qual todos se queixam, em qualquer lugar e em qualquer tempo.O filósofo francês Jean François Mattei escreveu um livro sobre o assunto, intitulado “A Barbárie Interior”, no qual assevera: “O mal não vem do exterior, nós o carregamos dentro de nós”.O sacerdote ortodoxo russo Aleksandr Mien, assassinado em 1990, ensina: “O mal que o homem encontra mais amiúde em sua vida é o mal que vive dentro dele”.A escritora brasileira Raquel Stivelman assevera: “O homem comum carrega dentro de si impulsos para o bem e para o mal”. E acrescenta que, “infelizmente, os impulsos negativos, violentos ou destruidores ultrapassam em número, em muitos casos, os que são marcados pela generosidade e pelo altruísmo”.O líder católico mexicano José H. Prado Flores, em seu livro “Ide e Evangelizai os Batizados”, afirma: “O pecado não é algo que possamos impedir que entre em nós, mas algo que sai do fundo do nosso ser”.Há muitos outros testemunhos sobre a presença do gênio do mal no mais interior do nosso ser. Trata-se de um problema largamente abordado pela teologia judaica e cristã. O autor de Eclesiastes não hesita em declarar que “o coração dos homens está cheio de maldade e de loucura, durante toda a vida” (Ec 9.3). E o “Talmude” lembra que “a paixão é, primeiro, uma estranha; depois, torna-se hóspede; e, finalmente, é a dona da casa”. Jesus deixou claro que “é de dentro dos corações dos homens que saem as intenções malignas” (Mc 7.20). É desse “leão adormecido” que Paulo se lastima: “Minha nova vida manda-me fazer o que é correto, porém a velha natureza que ainda está dentro de mim gosta de pecar” (Rm 7.23, BV).


http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/315/o-que-e-mais-doloroso-um-cancer-ou-um-leao-dormindo-dentro-de-nos

Vivos Ou Petrificados?

"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo,que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seureino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora detempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda alonganimidade e doutrina" (2 Timóteo 4:1, 2)."A lei de qualquer igreja é, e sempre será, evangelizar oupetrificar." (George E. Sweazy) "Evangelismo não faz partedo programa de trabalho da igreja; é o programa de trabalhoda igreja." (Brett Blair)O que nós, igrejas vivas do Senhor, temos feito durante anossa caminhada com Cristo. Qual tem sido o nosso propósitoespiritual? Em que temos empenhado os talentos que recebemosde Deus?Muitas vezes passamos dias, meses e anos dizendo que somosdiscípulos de Jesus, mas, nunca falamos de Seu amor, nuncacompartilhamos a bênção da salvação, nunca brilhamos comoluz do mundo. Quando nos convidam para um retiro na fazenda,aceitamos com muito prazer. Quando nos convidam para um"passeio missionário", somos os primeiros a dizer "sim".Quando nos procuram para um festival de sorvete, uma noitedo cachorro-quente, um jantar de namorados... exultamos degozo e bradamos: "Sim, sim, sim!" E, quando somos convocadospara um dia de evangelização nas ruas da cidade, ou na praçacentral, ou junto à Rodoviária local... estamos cansados,estamos ocupados, está muito calor, está chovendo, temosoutros compromissos...!!!Nossos corações estão petrificados; nossas vidas espirituaisestão petrificadas; nossa lâmpada está sem óleo, apagada epetrificada; nossa igreja está petrificada e o Senhor estátriste e não pode nos chamar de "servos bons e fiéis".Eu não quero virar pedra, não quero envergonhar o Senhor aquem amo, não quero fingir que sou filho de Deus. Eu estouvivo, quero vibrar de felicidade proclamando o nome do meuSenhor e Salvador, quero repartir tudo de maravilhoso quetenho recebido de Cristo. E você? Está vivo ou jápetrificou?
Paulo Roberto

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Isso é comunidade!

por Ariovaldo Ramos
Efésios 1
15 Por isso também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos,
Bom ter uma fé, em Jesus, que dá o que falar: fé que acredita que ele resolveu tudo o que tinha de ser resolvido com o Pai. Assim, não há bruxas a caçar, não há culpados para punir, tudo está resolvido, então, é correr para o abraço, qualquer débito com Deus já está pago, agora é a mutualidade em ajudar que cada um chegue à estatura do Filho. Fé que acredita que Jesus está no controle do Universo, sustentando tudo (Hb 1.3), daí não há maldição que atrapalhe.
Bom ter um amor mútuo que dá o que falar: onde a comunhão impera, isso começa por só falar o bem, um do outro, e cresce até um estar pronto para sacrificar-se pelo outro. É fruto dessa fé: tudo está resolvido com Deus, logo, tudo está resolvido entre nós, somos unidade de novo, e, como tal, devemos viver.
Isso é comunidade!
16 não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,
Bom ser uma comunidade por quem só há o que agradecer. Uma comunidade que entendeu o que é ser Igreja.
Isso é comunidade!
17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele;
Bom ser uma comunidade a quem o Pai dá espírito de sabedoria, não é o surgimento de muitos sábios, é uma comunidade de sabedoria, por ser uma comunidade cujo relacionamento a torna em condições de compreender melhor como Deus, a Trindade, vive. E a comunidade vai aprendendo com a Trindade, por revelação, como se vive em comunidade.
Isso é comunidade!
18 sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos,
Bom saber para onde estamos caminhando como comunidade, e que é em comunidade que caminhamos, que caminhamos para ser tudo o que Deus queria que fossemos como unidade humana, como humanidade, e como isso é extremamente rico.
Bom, que isso é fruto de expansão da afeição, não é saber mais, por saber, é saber mais para gostar mais e para incluir mais o outro. É a construção da nova identidade, a identidade que define uma pessoa e uma comunidade como cristã. Uma identidade onde a ética é estética, isto é, o que leva alguém ou, a comunidade, a fazer ou não, seja o que for, é se é amável ou não. E o ser humano é sempre amável.
Isso é comunidade!

19 e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,
Bom saber quão grande é o poder que ele pôs à nossa disposição; por crermos em Jesus, e para saber isso, basta ver como esse poder agiu...
20 que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus,
Boa ação desse poder: ressuscitou ao Cristo!
Bom que esse poder colocou no poder aquele que sabe o que é sacrifício, pois, foi ao Cristo que deu autoridade sobre tudo e todos: estar assentado à direita, não é estar num espaço geográfico, é ter recebido autoridade sobre tudo: a Trindade governa por meio do Cristo.
Bom! Só quem sabe o que é esvaziar-se deve ocupar o poder. Que comunidade... Essa! Sobre quem atua o poder que ressuscita o desprezado, e empodera o que se sacrifica!
21 muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;
Bom! Tudo é tudo mesmo: no espaço, nas dimensões física e metafísica, no tempo e fora do tempo!
22 e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja,
Bom que tudo está debaixo dos pés daquele que não esmaga e que, portanto, não deixa esmagar.
Bom esse jeito de governar: A Trindade governa através do Cristo e o Cristo governa através da Igreja: a comunidade da inclusão, da afeição e do empoderamento do que serve à custas da própria vida!
Bom... O governo do Cristo se dá pelo amor; pelo perdão; pela restauração do ser humano, em todos os seus relacionamentos; pela intercessão e pelo serviço!
Isso é comunidade em ação pelo governo do Cristo!
23 que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.
Bom que essa comunidade complementa aquele que está sobre tudo: ele continua a agir a partir do seu esvaziamento, embora esteja pleno de toda a sua glória.
Bom que adoração não é o mero despejar de elogios, mas o ministrar serviço àqueles a quem o governador, que se sacrificou, quer libertar; às sociedades, às quais, o governador quer resgatar do competição para a solidariedade; às nações, às quais, o governador quer ver desenvolvendo políticas públicas que resgatem o faminto, o sedento, o desabrigado, o segregado, o enfermo e o aprisionado.
Bom que essa comunidade o complementa, não por que nele falte algo, mas, porque a Trindade decidiu governar através dela, de modo que história e os atos humanos, finalmente, ganhem sentido.
Assim é que se ora pela comunidade da fé, e assim deve orar, por fé, a comunidade!
Isso que é comunidade! Essa comunidade prova que a humanidade é amada por Deus

O poder da oração

Seções — Abertura
A história da oração

Quando o ser humano começou a orar? Quem fez a primeira oração? A última frase de Gênesis 4 registra que, logo após o nascimento de Enos, começou-se “a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). Embora o verbo “invocar” pareça sinônimo de cultuar ou adorar, em outros textos ele é sinônimo de clamar ou orar. Numa de suas orações, Davi escreve: “Na minha angústia, “invoquei” o Senhor, “clamei” a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz” (2Sm 22.7). No Salmo 50, Deus diz: “Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15). As mesmas palavras são proferidaspela boca do profeta Jeremias: “Invoca-me, e te responderei” (Jr 33.3).
A expressão “invocar o nome do Senhor” aparece seis vezes no primeiro livro da Bíblia. Abraão (12.8; 13.4; 21.33), sua escrava Agar (16.13) e seu filho Isaque (26.25) invocam o nome do Senhor. A esta altura da história humana tal ato já seria um exercício religioso habitual.
As outras orações de Gênesis não são meras invocações da presença de Deus, mas súplicas bem elaboradas e mais explícitas. A primeira é um modelo de oração intercessória. As outras são pedidos em favor da interferência da misericórdia e do poder de Deus para resolver situações difíceis (a oração do servo de Abraão), situações ligadas a problemas de saúde (a oração de Isaque) e situações de perigo (as orações de Jacó).
Abraão demora-se na presença de Deus e insiste o quanto pode em favor da não-destruição de Sodoma e Gomorra, em benefício de alguns poucos justos porventura ali residentes. E ele consegue o favor de Deus vez após vez: Deus não destruiria as cidades da campina caso houvesse ali cinquenta, 45, quarenta, trinta, vinte ou dez justos. Como não havia nem sequer dez, as cidades foram destruídas (Gn 18.22-33). O mesmo Abraão orou em favor da saúde de Abimeleque, sua mulher e servas (Gn 20.17).
O filho de Abraão e Agar, ao ser mandado embora junto com a mãe, não tendo mais água para beber, clamou e “Deus ouviu a voz do menino” (Gn 21.17).
O servo de Abraão não sabia como cumprir a delicada missão de conseguir uma esposa para o filho solteirão de seu senhor. Então apelou à oração e foi plenamente atendido. A primeira moça com a qual se encontrou na Mesopotâmia tornou-se esposa de Isaque. O servo fez questão de contar essa experiência de oração à família da jovem (Gn 24.10-50).
Como Rebeca não engravidava, “Isaque orou ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril”. Depois de completar bodas de porcelana, aos 60 anos, nasceram os gêmeos Esaú e Jacó (Gn 25.19-26).
Depois de casar-se com quatro mulheres, de se tornar pai de doze rapazes e de Diná, e de ficar muito rico, Jacó resolveu voltar para sua terra. Porém, logo soube que o irmão ainda alimentava vingança contra ele e vinha ao seu encalço com quatrocentos homens armados. Ao perceber que ele e sua família estavam em perigo, Jacó orou ao Senhor: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos”. Foi uma oração perseverante e audaciosa, pois do lado de cá do Jaboque ele disse ao Senhor: “Não te deixarei ir se não me abençoares”. A emoção desarmou Esaú, os dois inimigos choraram um no ombro do outro e a guerra acabou (Gn 32.3-32).
O que mais se aprende com esta história de oração é a humildade com que elas foram feitas. Na intercessão por Sodoma, Abraão declarou: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27). Jacó também confessou o que de fato era ao começar sua oração com as seguintes palavras: “Sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo” (Gn 32.10).
Bom seria se todas as nossas orações começassem com essa confissão de Jacó e a do publicano: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13).