quinta-feira, 18 de março de 2010

A Honestidade...


A honestidade é mercadoria tão preciosa que é raramente encontrada no mundo da igreja. A honestidade exige a sinceridade de admitir os apegos e as dependências que controlam a nossa atenção, dominam a nossa consciência e agem como falsos deuses. Posso ser tão viciado em vodka quanto em agradar os outros, tanto em maconha quanto em ser amado, tanto em jogo quanto em relacionamento, tanto em futebol quanto em fofoca. Minha dependência pode ser de comida, atuação, dinheiro, popularidade, poder, vingança, leitura, televisão, tabaco, peso ou sucesso. Quando damos a qualquer coisa mais prioridade do que damos a Deus, cometemos idolatria. Portanto, todos cometemos idolatria incontáveis vezes ao dia. Uma vez que aceitamos o evangelho da graça e buscamos nos livrarmos dos mecanismos de defesa e dos subterfúgios, a honestidade torna-se ao mesmo tempo mais dificil e mais importante. Agora a honestidade envolve a disposição de enfrentarmos a verdade a respeito do que somos, não importando quão ameaçadoras ou desagradáveis nossas percepções possam ser. Significa perseverar conosco e com Deus, discernindo nossos trusques mentais pela experiência de como eles nos derrotam, reconhecendo nossas fugas, admitindo nossos lapsos, aprendendo de forma completa que não somos capazes de lidar conosco. Esse resoluto autocontrole requer força e coragem. Não podemos usar o fracasso como desculpa para deixar de tentar. Sem honestidade pessoal posso com facilidade criar uma imagem bastante impressionante de mim mesmo.Muitos de nós não querem a verdade a respeito de nós mesmos, preferimos ter nossa virtude reafirmada. Estar vivo é estar incompleto. E estar incompleto é carecer da graça. A honestidade nos mantém em contato com a nossa carência e com a verdade de que somos pecadores salvos. Há uma belíssima transparência nos discipulos honestos que nunca usam uma mascara e não finguem ser nada além do que são.
Quando um homem ou uma mulher são verdadeiramente honestos, é virtualmente impossivel insultá-los pessoalmente. Não resta nada ali para insultar. Aqueles de nós que estamos verdadeiramente prontos para o reino somos esse tipo de pessoas. Sua pobreza de espirito interior e sua rigorosa honestidade os libertam. São gente que não tinha nada do que se orgulhar.Houve a mulher pecadora do vilarejo que beijou os pés de jesus. Houve liberdade em fazer aquilo. Desprezada como prostituta, ela aceitou, diante do senhor, a verdade da sua flagrante condição de nada. Ela não tinha coisa alguma a perder. Ela amou muito porque muito lhe havia sido perdoado. Ser honestos conosco não nos torna inaceitáveis para Deus. A honestidade não nos distancia de Deus, mas nos leva de arrasto para ele. Como nenhuma outra coisa consegue fazer. E nos deixa abertos de forma renovada para o fluir da graça. É atraves da graça apenas que qualquer um de nós pode ousar esperar torna-se mais como Cristo.é o pecador ser convertido da desconfiança para cofiança.é alcançar uma pobreza interna de espirito, e viver o melhor que podemos em rigorosa honestidade para com nós mesmos, com os outros e com Deus. A pergunta colocada pelo evangelho da graça é apenas esta: QUEM NOS SEPARARÁ DO AMOR DE CRISTO? Do que vc tem medo? Você tem medo que sua fraqueza possa separá-lo do amor de Cristo? Ela não pode. Vc tem medo que suas inadequações possam separálo do amor de Cristo? Elas não podem.
Casamento dificil, solidão, ansiedade sobre o futuro dos filhos? Não podem.
Baixa auto-estima? Não pode
Dificuldade econômica, ódio racial, o crime nas ruas? Não podem.
Rejeição, sofrimento, perseguição pelas autoridades, ir para cadeia, Guerra nuclear, erros, medos, incertezas? Não podem.
Voce deve estar estar convencido disso, deve confiar nisso. Todo o restante passa, mas o amor de Cristo é o mesmo ontem,hoje e eternamente.

bjs
Manu
ps: Texto do livro Evangelho maltrapilho.

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